domingo, 29 de janeiro de 2012

O que você nas figuras a seguir?

Figura 01



Figura 02



Figura 03

Se a realidade é cheia de possibilidades, então nossas interpretações e julgamentos são reais?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sobre as mudanças

Essa música do Gilmour fala da alma divida pelo desejo e ambição mas que também guarda a esperança de ver em si uma luz, que nunca foi desconhecida... pelo contrário, sempre esteve lá. Sinto que retrata quando chegamos no (pro)fundo do poço e descobrimos que é hora de voltar à superfície, renovados. A sombra se revela parte da luz. Aceitar o que é ruim e machuca é difícil, no entanto, quando conseguimos uma nova pessoa surge... muito mais consciente. Por isso é tão bom viver e mudar sempre.

O soar do sino da divisão começou...


High Hopes

Beyond the horizon of the place we lived when we were young
In a world of magnets and miracles
Our thoughts strayed constantly and without boundary
The ringing of the division bell had begun

Along the Long Road and on down the Causeway
Do they still meet there by the Cut?

There was a ragged band that followed in our footsteps
Running before times took our dreams away
Leaving the myriad small creatures trying to tie us to the ground
To a life consumed by slow decay

The grass was greener
The light was brighter
When friends surrounded
The nights of wonder

Looking beyond the embers of bridges glowing behind us
To a glimpse of how green it was on the other side
Steps taken forwards but sleepwalking back again
Dragged by the force of some inner tide
At a higher altitude with flag unfurled
We reached the dizzy heights of that dreamed of world

Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times

The grass was greener
The light was brighter
The taste was sweeter
The nights of wonder
With friends surrounded
The dawn mist glowing
The water flowing
The endless river

Forever and ever

Grandes Esperanças

Além do horizonte do lugar em que vivíamos quando jovens
Em um mundo de magnetismo e milagres
Nossos pensamentos emanavam constantemente e sem fronteiras
O soar do sino da divisão começou

Ao longo da Grande Estrada e descendo o Caminho das Causas
Eles ainda se encontram com o Corte

Havia um bando de maltrapilhos que seguiam nossos passos
Corremos antes que o tempo levasse nossos sonhos embora
Deixando uma miríade de pequenas criaturas tentando nos amarrar ao chão
Para uma vida consumida pela degeneração lenta

A grama era mais verde
As luzes eram mais brilhantes
Com amigos por perto
As noites de maravilha

Olhando além das brasas de pontes resplandecendo atrás de nós
Para ver de relance o quão verde era o outro lado
Passos tomados adiante mas sonânbulos voltamos
Dragados pela força de uma maré interior
Em alta altitude com bandeira desfraldada
Alcançamos as alturas inebriantes daquele mundo de sonhos

Enclausurado para sempre por desejo e ambição
Existe uma fome não satisfeita
Nossos olhos desgastados ainda fitam o horizonte
Apesar de passarmos tantas vezes por essa estrada

A grama era mais verde
As luzes eram mais brilhantes
O gosto era melhor
As noites eram maravilhosas
Com amigos por perto
A brilhante bruma do amanhecer
A água fluindo
O rio sem fim

Para sempre e sempre.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Reverência À Sombra

Conhecemos a sombra por muitos nomes: lado sombrio, alter ego, o eu inferior, o outro, o duplo, o gêmeo da escuridão, o eu repudiado, o eu reprimido, o id. Falamos em encontrar nossos demônios, lutar com o diabo (o diabo me faz fazer isso), uma descida ao submundo, uma noite escura da alma, uma crise da meia-idade.
          A sombra começa com a mais remota emancipação de um “eu” da grande unidade da consciência de onde todos nós viemos. A formação da sombra corre paralelamente ao desenvolvimento do ego. O que não combina com o desenvolvimento do nosso ego ideal – nosso pensamento idealizado do ser, reforçado individualmente pela família e pela cultura – torna-se sombra. O poeta e escritor Robert Bly chama a sombra de “o grande saco que arrastamos atrás de nós”. “Até os vinte anos, passamos a vida decidindo quais as partes de nós mesmos que vamos pôr no saco”, diz Bly, “e o resto do tempo ficamos tentando tirá-las de lá”.
           “Você prefere ser inteiro ou bom?”, perguntou Jung, a pessoa que cunhou o termo poético “sombra” e moldou esse conceito para nossa época. Jung prestou atenção especialmente no trabalho de integração da sombra, sugerindo que era uma iniciação à vida psicológica – a tarefa do aprendiz, como ele a chamou -, um conhecimento essencial para nossa própria realização. “A realização da sombra é um problema eminentemente prático”, disse ele, “que não deveria ser desviado para uma atividade intelectual, porque tem muito mais o significado de um sofrimento e uma paixão que engloba a pessoa inteira”.

Em vez de tentar suprimir nossas sombras, precisamos revelar, reconhecer e assumir as coisas que mais tememos encarar. Ao empregar a palavra “reconhecer”, estou me referindo a ter conhecimento de que uma determinada característica pertence a você. “A sombra é que detém as pistas”, diz o conselheiro espiritual e escritor Lazaris. “Ela também possui o segredo da mudança, mudança que pode chegar ao plano celular ou até mesmo afetar o seu DNA”. Nossas sombras são detentoras da essência daquilo que somos; guardam os nossos bens mais preciosos. Ao encarar esses aspectos de nós mesmos, ficamos livres para viver nossa gloriosa totalidade: o lado bom e o mau, a escuridão e a luz. Ao assumir tudo o que somos, alcançamos a liberdade para decidir o que fazer neste mundo. Enquanto continuarmos a esconder, mascarar e projetar o que está em nosso interior, não teremos liberdade de ser nem de escolher.
           Nossas sombras existem para nos ensinar, guiar e abençoar com nosso eu completo. São fontes que devem ser expostas e exploradas. Os sentimentos que abafamos estão ansiosos para se integrar a nós mesmos. Eles são prejudiciais apenas quando reprimidos: podem surgir de repente nas ocasiões menos oportunas, e seus botes repentinos vão incapacitá-lo nas áreas mais importantes da sua vida.
 
            Sua vida se transformará quando você fizer as pazes com sua sombra. A lagarta se tornará, surpreendentemente, uma linda borboleta. Você não precisará mais fingir ser alguém que não é. Não será mais necessário provar que você é o máximo. Quando assumir sua sombra, você deixará de viver num constante estado de temor. Descubra os dons da sua sombra e finalmente você revelará seu verdadeiro eu em toda a sua glória.

Trecho retirado do livro "O lado sombrio dos buscadores de Luz"